Vida de Santa Catarina Labouré

Catarina Labouré nasceu no dia 2 de maio de 1806, em Fain-les-Moutiers, na Borgonha, numa família de agricultores. É a oitava de sua família. Sua mãe faleceu prematuramente. Catarina que tinha, desde sua infância, uma grande devoção à Maria, toma em suas mãos, a estátua da Virgem e lhe pede, com grande confiança, que substitua sua mamãe. No dia 21 de abril de 1830 entrou no seminário da Companhia das “Filhas da Caridade”, em Paris, à rua du Bac, 140. No domingo, 25 de abril, após ter assistido à grande festa da Transladação das Relíquias de São Vicente de Paulo, ela vê, três vezes seguidas, o coração do Fundador, que lhe aparece.

Na noite de 18 para 19 de julho de 1830, Nossa Senhora apareceu a Catarina e lhe disse: “Faça cunhar uma medalha cor este modelo; todas as pessoas que a trouxerem receberão grandes graças”. Durante toda a sua permanência na “Rue du Bac”, Catarina viu Jesus na Hóstia consagrada, na Comunhão e na Exposição do Santíssimo Sacramento.

A própria Catarina relatou assim a sua visão: “Enquanto eu fazia a Adoração Eucarística num profundo silêncio, pareceu-me ouvir um barulho, como o farfalhar de uma seda. O barulho vinha do lado da tribuna, alcei a vista e vi a Santíssima Virgem. A sua estatura era mediana e era indescritivelmente bela. Portava um véu branco que ia da cabeça aos pés e ela estava em cima de um globo. As suas mãos estavam na altura da cintura e ela carregava sem esforço outro globo menor e de ouro; em cima dele tinha uma cruz que também era de ouro. Ela olhava para o Céu e enquanto eu a contemplava, a Virgem Santíssima olhou para mim e falou ao íntimo do meu coração: ‘Este globo que vês representa o mundo inteiro, particularmente a França e cada pessoa. E a Virgem acrescentou: Os raios simbolizam as graças que derramo sobre as pessoas que me pedem. Compreendi então como é doce rezar a Maria e o quanto Ela é generosa com as pessoas que a invocam. Formou-se, então, em volta da Santíssima Virgem um quadro oval, no qual em letras de ouro se liam estas palavras que a circundavam: Ó MARIA, CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS. Desapareceu, então, o globo que Nossa Senhora tinha nas mãos e, como se elas não agüentassem mais o peso de tantas graças, Ela as estendeu na direção do globo no qual os seus pés estavam apoiados, pisando a cabeça de uma serpente verde com manchas amareladas. De repente, o quadro se virou e vi o “reverso da medalha”, isto é, o monograma de Maria debaixo da Cruz, no plano inferior tinha dois corações: o de Jesus coroado de espinhos e o de Maria atravessado por uma espada. Ao redor, como uma moldura, havia uma coroa de doze estrelas. Ouvi, então, uma voz que me dizia: “Faça cunhar uma medalha com este modelo; todas as pessoas que a trouxerem receberão grandes graças, sobretudo se a trouxerem no pescoço; as graças serão abundantes, especialmente para aqueles que a usarem com confiança.”

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