O Selo das Filhas da Caridade

O Selo das Filhas da Caridade

Foi Santa Luísa quem escolheu este símbolo que continha o essencial de sua experiência de fé: um coração cercado de chamas sobre o qual se destaca Jesus crucificado, circundado pela divisa: A Caridade de Jesus crucificado nos impele. Desde 1643 este selo e esta divisa acompanharam as cartas de Santa Luísa. A Companhia continua utilizando o selo e a divisa desde aquela época. Ele representa para as Filhas da Caridade uma herança, um símbolo rico com o qual elas se sentem identificadas. Um símbolo que impulsiona cada Filha da Caridade para o serviço dos irmãos e irmãs empobrecidos. A Caridade de Jesus crucificado… é o fundamento da vocação da Filha da Caridade. É saber que elas são amadas pelo Senhor, chamadas a testemunhar com as Irmãs de comunidade um mesmo amor, e se sentir enviadas para que os pobres possam fazer esta mesma experiência. A caridade de Jesus crucificado as faz amar a Deus de todo coração; favorece e mantém a comunhão entre as Irmãs; as impele a servir os pobres e a ajudar toda pessoa a realizar sua vocação de filha de Deus, sem distinção de raça, de cultura, de condição social ou de religião. A Caridade de Jesus crucificado é para a Filha da Caridade fonte e inspiração da vida de fé, do serviço e da vida fraterna em comum. É um amor que se nutre e se fortalece na “Eucaristia, centro de nossa vida e de nossa missão, encontro essencial cada dia com Cristo e os irmãos, na escuta da Palavra, na comunidade reunida” (Cf. C. 19 b, c, d). A Caridade de Jesus crucificado é a paixão por Jesus Cristo que faz ir aos Pobres com audácia, compaixão, criatividade. A Caridade de Jesus crucificado compromete a olhar a realidade e acolhê-la como Jesus o fez: “Na escola do Filho de Deus, as Filhas da Caridade aprendem que nenhuma miséria lhes deve ser estranha” (C. 11a). Ela as impele a abordar as realidades com um novo olhar, amoroso, cheio de esperança “Eu vejo com os olhos de Cristo e posso dar ao outro muito mais do que as coisas externamente necessárias: posso dar-lhe o olhar de amor de que ele precisa”. (Deus Caritas est, n° 18).